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quinta-feira, 31 de maio de 2012

TERRA DE GIGANTES


Emissora: CBS.
Emissora no Brasil: Tv Tupi, Rede Globo e Tv Record.
Ano de Produção: 
de 1968 a 1970 (51 episódios).
Cores.
Companhias Produtoras: 20th Century Fox Television e Irwin Allen Productions.







 
Depois de produzir três séries de sucesso, Irwin Allen começou a trabalhar naquele que considerava seu projeto mais ousado, a sérieTerra de Gigantes.
A história desta série lembra também muitas outras séries e filmes como As Viagens de Gulliver (Gulliver´s Travels) e A Ilha dos Birutas (Gilligan´s Island - 1964-1967).
Com um orçamento monstruoso para a época: 250 mil dólares por episódio. Allen produziu diversos e enormes cenários, objetos imensos, nave espacial e uso de muitos outros artifícios para causar o efeito visual desejado. Alguns objetos deve ter custado uma fortuna, como por exemplo a criação de uma gigantesca mão que abraça alguns personagens quando capturados.


Além do custo, esta série também exigiu atores em perfeitas condições físicas, usando dubles somente para determinadas cenas consideradas muito arriscadas e perigosas. Muitas cenas exigiram dos atores grande esforço, além de enfrentarem um ou outro perigo relativamente pequenos e arranhões, pois tinham de subir usando ou descer utilizando enormes fios de telefones, transpor grandes objetos e coisas similares. 
A série acabou se tornando outro grande sucesso de Allen, em parte graças a sua cenografia bem elaborada e o clima bizarro do seriado, mostrando um planeta de gigantes que era muito parecido com a Terra em alguns aspectos e diferente em outros. 
Terra de Gigantes mostrou, em alguns de seus episódios, uma veia crítica que não se viu nas séries anteriores de Allen. Nos episódios "Os Guerrilheiros e "A Perseguição", vemos uma clara alusão ao movimentos políticos armados que procuravam lutar contra regimes repressivos. Em "Lavagem Cerebral" são mostrados os métodos de tortura e o modus operandi de muitas ditaduras terceiro mundistas ou do antigo bloco comunista. Vendo esse episódio, fica claro que a censura brasileira "cochilou", quando Terra de Gigantes chegou ao Brasil, no começo dos anos 70.


A História.

A história da série começa no dia 12 de junho de 1983, quando a nave espacial Spindrift fazia o voo normal entre Los Angeles e Londres, sendo atingida por uma misteriosa névoa e se metendo em uma tempestade magnética que a jogou em uma Terra alternativa povoada por gigantes, doze vezes maior que a Terra. Os "pequeninos", como os tripulantes do Spindrift são chamados pelos gigantes, passam a ser perseguidos por todos. Após caírem na Terra de Gigantes, Dan, o copiloto da nave, continua em sua função, ajudando o Capitão Steve Burton a organizar a defesa do grupo e tentar encontrar uma maneira de volta à Terra. Seu maior choque é com Alexander Fitzhugh, um covarde passageiro do Spindrift, que nunca está disposto a ajudar e que, na fatídica viagem, levava uma valise cheia de dinheiro de um golpe que havia executado.
Os pequeninos terrestres eram perseguidos também pela polícia política dos gigantes, o S.I.D, liderado pelo inspetor Kobick (Kevin Hagen). A presença do personagem era tão marcante que chegamos a estranhar o fato de o nome de Hagen não aparecer nos créditos iniciais da abertura do seriado. Kobick aparece apenas em oito episódios da série mas, graças ao talento de Hagen, e do bom nível dos roteiros, ele se tornou um dos vilões mais fortes da história da TV.


No planeta onde os gigantes viviam, havia um regime autoritário no poder, muito semelhante com diversas ditaduras que existiam em várias partes do mundo na década de 60. Embora, involuntariamente ou não, não ficasse muito claro qual era o direcionamento ideológico do regime dos gigantes, foi nesse seriado que as críticas ao autoritarismo ficaram mais evidentes na obra de Allen.
 
Elenco

 
Dubladores Brasileiros

   
Gary Conway .... Steve Burton
Don Matheson .... Mark Wilson
Stefan Arngrim .... Barry Lockridge
Don Marshall .... Dan Erickson
Deanna Lund .... Valerie Scott
Heather Young .... Betty Hamilton
Kurt Kasznar .... Alexander Fitzhugh

Kevin Hagen .... Inspetor Kobick
 AIC - São Paulo:

Drausio De Oliveira .... Steve Burton
João Paulo .... Mark Wilson
Aliomar de Matos .
... Barry Lockridge
João Ângelo .... Dan Erickson
Isaura Gomes .... Valerie Scott
Sandra Campos .... Betty Hamilton
José Soares .... Alexander Fitzhugh

Osmiro Campos .... Inspetor Kobick

O TUNEL DO TEMPO


Emissora: ABC.
Emissora no Brasil: Tv Excelsior, Tv Tupi e Rede Globo.
Ano de Produção: de 1966 a 1967 (30 episódios).

Cores.
Companhias Produtoras: 20th Century Fox Television e Irwin Allen Productions.


foto





 

Mais um seriado de ficção científica que muito me encantou na adolescência. Além de divertir era também instrutivo, uma vez que os astros principais caíam em cenários históricos e envolviam-se desde o naufrágio do Titanic até a queda de Cleópatra.
Foi nesse seriado que eu tomei conhecimento do que aconteceu ao Titanic, por exemplo. Até então eu jamais sequer havia ouvido falar. E como eu não me interessava muito por História, aprendi muita coisa assistindo o seriado.
A série também provoca uma discussão sobre viagens no  tempo que perdura até hoje, revivida em muitos filmes de ficção nas décadas seguintes. A visão do seriado é que voltando no tempo jamais se pode alterar os fatos acontecidos e mesmo que façamos alguma coisa para alterá-los o que ocorre é que simplesmente vamos fazer com que aconteçam exatamente do mesmo jeito que aconteceram.
No filme "Exterminador do Futuro", ao enviar um exterminador para matar a Sarah Connor, que seria a mãe daquele que no futuro iria derrotar as máquinas, há uma reação do próprio John Connor, enviando um soldado para proteger a vida de sua mãe.
Rola um romance entre a Sarah e o soldado que veio para o nosso tempo para protegê-la do exterminador e ele a engravida. Ou seja, ele é o pai do John Connor, e se as máquinas não tivessem enviado um exterminador para matá-la o John Connor jamais existiria.
O seriado "O Túnel do Tempo" foi o primeiro a trabalhar sériamente com essa teoria, revivendo passagens da História e dessa maneira, ensinando-a aos menos esclarecidos dentre os quais eu 



me incluía na época.

VIAGEM AO FUNDO DO MAR









Richard Basehart (E), David Hedison, Del Monroe, Terry Becker e Robert Dowdell (Foto Fox/Arquivo)
Irwin Allen foi um dos produtores que reinventaram o gênero aventura para a televisão. As quatro séries produzidas por ele, na década de 1960, se transformaram em um marco, permitindo novas possibilidades para a exploração do gênero na TV.
Tendo um orçamento limitado, as produções televisivas perdiam para os filmes do cinema. Mas, na década de 1960, as superproduções cinematográficas começaram a cair em declínio, dando lugar a filmes mais intimistas e alternativos, fortemente influenciados pela produção europeia. Essa linha narrativa também chegou à TV, com séries dramáticas questionando o valor da sociedade, do governo e da vida. Mas também foi nesse período que a ficção científica passou a se dedicar mais ao público adulto.
Na década de 1960, com a corrida espacial dominando o imaginário do público e a abertura conquistada por produções como “Além da Imaginação” e “Quinta Dimensão”, um número maior de séries desse gênero surgiram. Assim, Irwin Allen trouxe para a TV o entretenimento das produções blockbusters. Suas séries ficaram marcadas como superproduções que dominavam a telinha. Todas utilizavam cenários grandiosos, alguns dos quais impressionam até hoje. Temos como exemplo “Terra de Gigantes”, a quarta série desta safra, também composta por “Viagem ao Fundo do Mar“, “Perdidos no Espaço” e Túnel do Tempo”.
Conhecido na década de 1970 como o mestre do cinema catástrofe, graças a filmes como “O Destino do Poseidon” (e sua sequência), “Inferno na Torre” e “O Dia em que o Mundo Acabou”, Irwin Allen deu início a uma carreira de sucessos na TV com a versão de seu filme “Viagem ao Fundo do Mar”.
Interessado pela vida marinha e vencedor do Oscar pelo documentário “The Sea Around Us”, de 1951, Allen escreveu e produziu o filme “Viagem ao Fundo do Mar” em 1961, para a 20th Century Fox. Visivelmente influenciado pela obra de Julio Verne, Allen introduziu ao público da época as aventuras de um submarino nuclear, que tinha a função de pesquisar a vida marinha e seus benefícios para a humanidade.
A história do filme tem como base a descoberta do Cinturão de Van Allen ocorrida em 1958. Trata-se de uma região no espaço que concentra partículas no campo magnético da Terra, provocando vários fenômenos atmosféricos. O nome do Cinturão foi uma homenagem ao Dr. James Van Allen, que conduziu as pesquisas que levaram à sua descoberta.
Impressionado com o fato, Irwin decidiu escrever um filme explorando a ideia do que poderia ocorrer caso as radiações provocadas pelo Cinturão atingissem a Terra em sua totalidade. Assim, na versão cinematográfica, a tripulação do submarino Seaview (que traduzindo significa ‘vista para o mar’) precisa salvar a Terra da ameaça de uma total incineração provocada pela radiação do cinto de Van Allen.
Com roteiro assinado por Allen e Charles Bennett, o filme foi estrelado por Walter Pidgeon, que interpretou o Almirante Nelson, responsável pela Fundação Nelson de Pesquisas Submarinas, que criou o Seaview.
A bordo estavam o Capitão Lee Crane (Robert Sterling), Comandante Lucius Emery (Peter Lorre), Tenente Chip Romano (Frankie Avalon), Tenente Cathy Connors (Barbara Eden, de “Jeannie é um Gênio”), que era a noiva de Crane, Dra. Susan Hiller (Joan Fontaine), psicóloga, e Miguel Alvarez (Michael Ansara, marido de Eden na vida real), cientista civil.
Bem como o restante da tripulação, na qual se encontravam os marinheiros Kowski (Del Monroe) e Smith (Mark Slade). Apenas os dois últimos atores migrariam para a série de TV, sendo que o personagem de Monroe passou a ser chamado de Kowalski e o de Slade, visto apenas na primeira temporada, chamava-se Malone.
O sucesso do filme fez com que Allen oferecesse ao estúdio o projeto de uma adaptação para a TV. Apontando a vantagem de que nenhum custo extra seria necessário para a fabricação do cenário e maquetes, Allen conseguiu a autorização do estúdio para produzir a série. Não querendo ficar preso a uma série, Walter Pidgeon recusou-se a voltar a interpretar o Almirante Nelson. Em seu lugar foi contratado Richard Basehart, mais jovem que Walter, mas com uma impressionante carreira no teatro e no cinema.
O ator esteve em clássicos como “A Estrada da Vida”, de Federico Fellini, “Os Irmãos Karamazov” e “Moby Dick” antes de migrar para as séries de TV no início dos anos de 1960. Depois de algumas participações especiais em várias séries de sucesso da época, Basehart aceitou estrelar “Viagem ao Fundo do Mar”, com o objetivo de conseguir dinheiro para produzir suas peças no teatro.  Sua presença no elenco convenceu David Hedison a aceitar o convite de Allen para interpretar o Capitão Lee Crane, substituindo Sterling. Na versão para a TV, Crane não tinha noiva, ficando livre para viver suas aventuras e se envolver com outras mulheres. Curiosamente, Hedison tinha sido a primeira escolha de Allen para o personagem no cinema. Mas o ator recusara o papel.
No lugar de Peter Lorre entrou  Henry Kulky, que interpretou o Chefe Curley Jones. Quando o ator morreu, em 1965, foi substituído por Terry Becker, que interpretou o Chefe Sharkey, personagem originalmente oferecido a James Doohan, que preferiu trabalhar em “Jornada nas Estrelas”, onde deu vida ao personagem Scotty. Em substituição ao ator e cantor Frankie Avalon, Allen contratou Robert Dowdell, como Tenente Chip Morton.
Entre os coadjuvantes estavam Paul Carr, como Bill Clark e posteriormente interpretando diferentes membros da tripulação; Derrick Lewis e Gordon Gilbert, alternando-se como o marinheiro O’Brien; Paul Trinka, como Patterson; Arch Whilling, como Sparks, responsável pelas comunicações; Richard Bull, como o médico de bordo; e Nigel McKeand, operador de sonar, que no episódio piloto foi interpretado por Christopher Connelly. O ator Allan Hunt uniu-se ao elenco a partir da segunda temporada, como Stu Riley.
A primeira temporada começou a ser filmada em novembro de 1963, estreando em setembro de 1964. Apenas o episódio piloto foi filmado a cores, os demais foram feitos em preto e branco. O motivo era simples. Ao vender a ideia para o estúdio, Allen alegou que poderia reutilizar cenas do filme, em especial aquelas que mostravam o submarino e o fundo do mar, poupando os gastos para a produção da série.
O submarino, criado por Jack Martin Smith, Herman Bluementhal, Lyle Abbott e Herbert Cheek, era a principal ‘estrela do show’. Sem conseguir o apoio da marinha, que temia revelar segredos em função da Guerra Fria, a equipe precisou recorrer a antigos filmes bélicos para criar o Seaview.
Sem ter visto um submarino por dentro e sem ter acesso às plantas, a equipe também fez uso dos recursos do Museu de Ciências de Chicago onde, através de visitas em grupos turísticos, faziam rápidas anotações e desenhos do interior de submarinos alemães, capturados no final da 2ª Guerra. Tudo às escondidas para não levantarem suspeitas.
Mais tarde, a produção do filme conseguiu o apoio da Marinha, que chegou a enviar representantes para visitarem os cenários e darem opiniões. Quando a série foi produzida, a equipe responsável pela criação do Seaview não estava mais disponível. Utilizando os mesmos cenários, a série continuou atraindo o interesse de militares, entre eles, o então Presidente do Brasil Marechal Costa e Silva, que em 1967 visitou os bastidores de produção da série.
Situada uma década à frente, a primeira temporada trouxe histórias que exploravam tramas de espionagens e complôs, ambientadas em um cenário de ficção científica, em função da presença do submarino nuclear e seu arsenal. Alguns dos planos dos vilões vistos nesses episódios também acrescentavam uma visão futurística, na maioria das vezes mantendo-se dentro dos limites das possibilidades científicas.
Na época, os roteiristas não estavam acostumados a escrever para esse tipo de programa. Assim, produziam textos que giravam em torno daquilo que conheciam, com a diferença que as histórias eram situadas dentro de um submarino nuclear. Já na primeira temporada, começaram a surgir episódios que traziam monstros e seres espaciais, que destoavam na narrativa dos demais. Mas esse tipo de história passou a dominar a produção da série quando ela foi renovada para a segunda temporada, ganhando episódios a cores.
Buscando elevar sua audiência, Allen optou por roteiros mais voltados à ficção científica e à aventura, tendo em vista que produções como “O Agente da UNCLE”, que se apoiava na paródia explorando elementos de fantasia, ganhava cada vez mais popularidade. Assim, Allen alterou radicalmente o rumo de “Viagem ao Fundo do Mar”.
Trazendo roteiros que passaram a ser popularmente conhecidos como ‘o monstro da semana’, os episódios também trouxeram um novo veículo: o subvoador, que permitia aos membros da tripulação saírem do submarino para chegar mais rápido em Terra, ampliando as possibilidades de novas aventuras. Para acomodar o veículo à bordo, os cenários da sala de observações foram alterados, permitindo a inclusão de uma escotilha, que levava ao subvoador.
A série manteve sua popularidade, entrando em seu terceiro ano de produção. No entanto, nessa época, a rede ABC, que exiba “Viagem ao Fundo do Mar”, anunciou cortes no orçamento. Desta forma, foram reduzidos os gastos com efeitos especiais, cenários, figurinos e equipe de roteiristas. Profssionais já contratados pelo estúdio substituíram aqueles que formavam  a equipe da série e foram dispensados (alguns foram parar na série “Missão: Impossível”). Os roteiros também contavam com os serviços de free lancers de baixo custo. Como resultado, aumentou o número de episódios com monstros e a reutilização de cenas já filmadas para a série ou outras produções da Fox.
Renovada para a quarta temporada, a série já estava com ‘seus dias contados’. Nem tanto pela audiência, que ainda era boa, mas pelo desgaste e descontentamento de seus protagonistas, Richard Basehart e David Hedison, que manifestavam estar cansados do tipo de roteiros que lhes eram oferecidos.
Porém, o que pode ter determinado seu final foi o interesse de Irwin Allen em produzir “Terra de Gigantes”, série que tinha um orçamento elevado para a construção dos cenários e filmagens dos roteiros. Nessa época, a Fox produzia três séries de Irwin Allen: “Viagem ao Fundo do Mar” (ABC), “Perdidos no Espaço” (CBS) e “Túnel do Tempo” (ABC). Embora não exista uma razão única e definitiva para o cancelamento dessas produções, as negociações para conseguir produzir “Terra de Gigantes” podem ter determinado o fim de cada uma delas.
As séries “Viagem ao Fundo do Mar” e “Perdidos nos Espaço” saíram do ar em março de 1968, enquanto que “Túnel do Tempo”, que tinha uma audiência menor, exibiu seu último episódio em abril de 1967. “Terra de Gigantes” estreou em setembro de 1968, mas seu alto custo determinou o fim da série, que foi cancelada em 1970.
“Viagem ao Fundo do Mar” teve um total de 110 episódios produzidos. Passando de thriller psicológico para série de aventura e fantasia, a produção conseguiu se transformar em uma das mais populares e cultuadas pelos fãs do gênero.  Episódios como “O Exílio”, “O Motim”, “Os Inimigos”, “A Vigília da Morte”, “A Nave Fantasma”, “O Soro da Juventude”, “O Homem das Mil Faces”, “A Bomba Humana”, “Fuga de Veneza”, “As Bonecas Mortais” e tantos outros, fazem parte da memória afetiva de uma geração.
A série já teve seus episódios lançados em DVD no mercado americano. O segundo e último volume, da quarta temporada será disponibilizado em janeiro de 2011. Por aqui, ‘nem cheiro’. Segundo a distribuidora Fox, eles não estão autorizados a lançarem as produções de Irwin Allen no Brasil.
Mesmo sabendo que teria boa venda, à exemplo de “Perdidos no Espaço”, que após seis anos de seu lançamento original ainda parece dar lucro à distribuidora (que continua disponibilizando novas unidades no mercado), a Fox não libera os demais títulos produzidos por Irwin Allen para a TV.
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Deixe nos comentários suas sugestões de postagens de séries clássicas que são publicadas aqui no blog aos domingos (produções da década de 1990 serão publicadas nas sextas). Confiram as postagens anteriores de séries clássicas: 19501960197019801990.
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PERDIDOS NO ESPAÇO



ABERTURA

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A Série.

Perdidos no Espaço foi criada pelo produtor Irwin Allen, sem muitos recursos, mas, em compensação, a série é muito rica em imaginação. Quando o esboço do seriado foi apresentado à 20th Century Fox e à rede CBS, os executivos adoraram, pois não havia séries que tratassem desse tipo de assunto na época. Além disso, o fato de botar uma família no espaço era o ideal para atrair um leque bem abrangente de público.
A série de ficção foi apresentada originalmente nos Estados Unidos pela rede CBS, entre 15 de setembro de 1965 à 6 de março de 1968, num total de 83 episódios, em 3 temporadas. A duração de cada episódios era de aproximadamente de 60 minutos.


Todo o primeiro ano do seriado foi feito em preto e branco porque o estúdio não queria gastar demais. A família Robinson enfrentava seres espaciais, ameaças alienígenas, além das encrencas criadas pelo Dr. Smith. Tal qual a maior parte dos seriados da época, as histórias terminavam antes do epílogo e no final começava uma outra história que dava gancho para o próximo episódio, uma forma de segurar o espectador. A fórmula deu certo e a receptividade de Perdidos no Espaço foi superior ao esperado pelos produtores.
Com o sucesso, a segunda e a terceira temporada foram produzidas em cores. Neste período, os integrantes da família Robinson deixaram de ser o centro das atenções e todo o enfoque passou para os bizarros seres espaciais e, é claro, o trio Smith-Will-Robô. No geral, as histórias ficavam no seguinte esquema: O Dr. Smith arrumava um plano que evidentemente botava em risco toda a família, o menino Will, embora alertado pelo pai para não desobedecê-lo, acabava cedendo aos falsos argumentos do Dr Smith e se dava mal, e o robô acabava entrando no rolo porque, apesar de alertar para o perigo da situação, não era ouvido por ninguém. Além disso, era sempre desligado por Smith depois de ser chamado histericamente de "lata de sardinha enferrujada".


A História.

Baseada na história da Família Robinson, do romance "The Swiss Family Robinson", Perdidos no Espaço se passa em 1997 quando a Terra já estava superpovoada e novos mundos deveriam ser colonizados. A família Robinson foi a escolhida para uma viagem com duração prevista de 68 anos. Na nave Júpiter II, partiram  o professor de astrofísica John Robinson, sua esposa Maureen Robinson e seus filhos Judy e Penny, e o menino-prodígio Will. Pilotando a nave estava o major Don West, um tampinha metido à valente.
Os membros da família ficariam congelados até chegar ao destino se os planos não tivesse sido alterados pelo maligno espião Dr. Smith, que entrou escondido na Jupiter 2 para sabotar a missão. Ele reprogramou o robô dos Robinson para destruir a família e a nave. O tiro saiu pela culatra e Smith acabou ficando preso dentro da nave que partiu rumo ao espaço com ele a bordo. O peso extra do intruso faz a Júpiter 2 sair do curso estabelecido inicialmente e ir em direção a uma chuva de meteoros. Com uma tragédia prestes a acontecer, o Dr Smith, no intuito de salvar a própria pele, descongelou o major West para que ele desse um jeito na situação. Mas era tarde. A família Robinson, foi reanimada e se viu totalmente fora do rumo previsto, ou seja, perdida no espaço, procurando o caminho de volta à Terra.

Bastidores.

O episódio piloto da série Perdidos no Espaço foi chamado de "No Place to Ride"  mostrava somente a família Robinson e o major West, a nave não se chamava Júpiter II, mas sim Gemini 12, que se perdiam no espaço na procura de um novo planeta habitável para a humanidade. Este episódio nunca foi apresentado pois ele foi arquivado após a uma interferência do coordenador Tony Wilson que achou melhor incorporar um vilão e um robô inspirado num filme chamado O Planeta Proibido (The Forbidden Planet) de 1959 e que também fez uma participação num dos episódios de Viagem ao Fundo do Mar, outra produção de Irwin Allen, transformando assim o primeiro episódio em também um piloto da série.


Embora poucos soubessem ou talvez não se preocupassem com isso, o robô da série, talvez o mais famoso robô já criado até hoje, principalmente por seu alarmante sinal de "Perigo! Perigo!" - uma marca registrada - era interpretado por um ator fixo: Bob May, o único que não tinha seu nome estampado nos créditos iniciais. May tinha a árdua tarefa de ficar camuflado debaixo de uma pesada roupa durante toda a gravação. O figurino do robô de Perdidos no Espaço foi criado por Robert Kinoshita. Além de ficar com as pernas presas e dar passos pequenos para que o robô parecesse deslizar sobre a superfície, May tinha que ficar meio encurvado para poder ver o caminho por onde deveria passar. A placa na parte superior, que acendia toda a vez que o robô falava, era a mesma que servia de "visor" para o ator ver com quem estava contracenando. Inclusive, a própria luz piscante era acionada por Bob May de dentro da carcaça, sincronizando com a fala do robô. Embora o ator fosse obrigado a decorar todas falas e participar das cenas, era outro ator quem dublava o robô na edição final. O apresentador de programas de rádio, Dick Tufeld, fazia a voz metálica da máquina.
A série foi considerado na época como uma das mais caras da história da televisão. Cada episódio foi calculado em torno de $400,000, uma soma grandiosa em se tratando da década de 60. Na época surgiram até rumores que, caso a série não se fosse um sucesso, fatalmente a CBS quebraria com todo esse gasto na produção, o que felizmente não aconteceu.


A música tema para a abertura e os créditos foram compostas por John Williams, que foram substituídas na terceira temporada por outra composição composta também por Williams, tendo um tempo de ação bem mais excitante. Também participaram outros grandes compositores como Alexander Courage, que contribui com seis canções. Somente no episódio "No Place to Hide", que nunca foi ao ar, a música tema de abertura foi emprestada de um filme clássico de 1951 chamada "The Day the Earth Stood Still".


No Brasil.

No Brasil o seriado estreou em 1966 na TV Record nos fins de tarde dos domingos. Após 4 anos na Record a série passou a ser exibida na Rede Globo onde ficou diariamente até 1977. A série foi então para a Tv Tupi e no início da década de 1980 foi exibida pela Rede Bandeirantes. Em 1988Perdidos no Espaço figurou na programação da TV Gazeta de São Paulo. O seriado voltou a programação da Tv Record 1990 no "Manhã de Aventura" quando se despediu da Tv aberta e passou em algumas emissoras à cabo.
A dublagem brasileira do seriado, realizada pela Companhia Arte Industrial Cinematográfica - São Paulo (AIC) é uma das mais lembradas até hoje, devido ao excelente trabalho realizado por profissionais como Helena Samara, Borges de Barros e Gilberto Baroli.

O Filme.

Perdidos no Espaço virou filme e foi levado às telas grandes em 1998 sem lembrar em quase nada o antigo seriado, a não ser pelos nomes dos personagens.


Dirigido por Stephen Hopkins, o filme começa na segunda metade do século XXI, quando as fontes de energia de origem fóssil estão para serem esgotadas. Na tentativa de salvar a raça humana os cientistas construíram um portal que permite que a viagem na velocidade da luz possa ser possível, mas só se existir um outro portal para receber os viajantes. Com isso, um cientista (William Hurt) e sua família são escolhidos para viajar em velocidade normal até o local onde o segundo portal deve ser construído, numa viagem que durará dez anos e onde os tripulantes ficarão criogenicamente congelados até chegarem em Alpha Prime, o único planeta habitável conhecido. Porém, um outro cientista (Gary Oldman) sabota a espaçonave para que um robô mate os tripulantes dezesseis dias após a partida, mas acaba sendo vítima da própria trama, pois ele é traído por seus comparsas e fica preso na nave.
Assim, colabora com os demais tripulantes para poder salvar a si mesmo, mas quando a espaçonave é atraída para o sol em virtude do forte campo gravitacional a chance deles sobreviverem é ativarem a hiper velocidade, mas sem um portal do outro lado são arremessados a lugar desconhecido do espaço sideral.


Elenco

 
Dubladores Brasileiros

   
Guy Williams .... John
June Lockhart .... Maureen
Mark Goddard .... Don West
Marta Kristen .... Judy
Billy Mumy .... Will
Angela Cartwright .... Penny
Jonathan Harris .... Doutor Smith
Amaury Costa.... Robô B-9

Bob May .... Robô B-9 (Voz)
 AIC - São Paulo:

Astrogildo Filho .... John (1ª voz)
Rebello Neto .... John 
Helena Samara .... Maureen
Ary de Toledo .... Don West
Neuza Maria .... Judy 
(1ª voz)

Áurea Maria .... Judy
Magali Sanches .... Will 
(1ª voz)
Maria Inês .... Will
Cristina Camargo .... Penny 
(1ª voz)

Aliomar de Mattos .... Penny
Borges de Barros .... Doutor Smith

José Soares .... Robô B-9 (1ª voz)
Jorge Ramos .... Robô B-9 (2ª voz)
Amaury Costa .... Robô B-9 
(3ª voz)

Gilberto Baroli .... Robô B-9 (4ª voz)
Ibrahim Barchini .... Narrador  (1ª voz)
Carlos Alberto Vaccari .... Narrador